Neste sábado (11), o guarujaense encara o polonês Mateusz Gamrot na última luta do UFC Rio, na Farmasi Arena, em duelo que pode recolocá-lo na rota direta pelo título. O card principal começa a partir das 20h.
Mesmo vindo de uma derrota por nocaute recente em luta pelo cinturão da categoria, o ex-campeão descarta qualquer abalo ou possibilidade de aposentadoria. “Estou 100% seguro de lutar mesmo após pouco tempo do nocaute”, assegura Charles. “Não estou nem perto de me aposentar. Ele (Gamrot) está falando tanto porque sabe o problema que eu sou”, completa o quarto no ranking da divisão.
Aos 35 anos, Charles segue motivado como nunca. Para ele, o amor ao esporte e à jornada dentro do UFC ainda falam mais alto do que qualquer adversidade. “Ainda tenho prazer de estar aqui lutando, de estar perto de quem eu amo. Enquanto tiver isso, vou querer brigar pelo título. Se eu não pensar assim, estou errado”.
O confronto contra Gamrot, com forte base no wrestling e grappling, ofereceu uma mudança drástica de preparação. O adversário inicial seria Rafael Fiziev, mais perigoso na trocação, mas o atleta se retirou por lesão. Mesmo assim, Charles aceitou o novo desafio, contra o oitavo da categoria, com menos de três semanas para se adaptar.
“A gente sabe do jogo dele e treinou em cima disso nos últimos dias. Pretendo fazer tudo. Defender queda, fazer jiu-jitsu, wrestling também”.
Apesar do pouco tempo para se preparar para um oponente tão técnico nas quedas, Charles aposta em seu jogo completo e na experiência para superar mais uma pedreira. E garante que, mais do que a forma, o que importa é o resultado no final dos cinco rounds.
“O que importa é vencer. Não importa se por nocaute, finalização ou decisão. Estarei lá dentro e buscarei isso o tempo inteiro”.
A luta deste sábado tem peso duplo para o brasileiro: além de poder se isolar como o segundo atleta com mais vitórias na história do UFC (24 triunfos), Charles tentará manter a invencibilidade em solo brasileiro – são seis vitórias em seis lutas no país, todas por via rápida.
Os ingressos para o evento esgotaram rapidamente, e o ex-campeão, emocionado após um treino aberto na capital fluminense, vibra com o retorno ao octógono no Brasil. “Sensação maravilhosa. Sou muito grato por isso, poder esgotar os ingressos após muito tempo no Brasil. Estou muito empolgado por isso”.
Charles do Bronxs, que soma recordes como maior número de finalizações (16), vitórias por via rápida (20) e bônus recebidos (20) na história do UFC, planeja mais do que apenas uma boa performance no Rio. Ele já mira uma nova luta no início de 2026.
“Acho que sim. Fazer duas grandes lutas já me coloca novamente na briga pelo cinturão. Uma agora e outra no começo do ano que vem. Principalmente agora com tudo embolado no topo da divisão”.
Card principal – início às 20h
- Peso-leve (até 70,3 Kg): Charles “do Bronxs” Oliveira x Mateusz Gamrot
- Peso-galo (até 61,2 Kg): Deiveson Figueiredo x Montel Jackson
- Peso meio-médio (até 77,1 Kg): Vicente Luque x Joel Álvarez
- Peso-pesado (até 120,2 Kg): Jhonata Diniz x Mario Pinto
- Peso-pena (até 65,7 Kg): Ricardo Ramos x Kaan Ofli
Card preliminar – início às 17h
- Peso-pena (até 65,7 Kg): Lucas Almeida x Michael Aswell
- Peso-mosca (até 56,7 Kg): Jafel Filho x Clayton Carpenter
- Peso-pesado (até 120,2 Kg): Vitor Petrino x Thomas Petersen
- Peso-galo (até 61,2 Kg): Bia Mesquita x Irina Alekseeva
- Peso-mosca (até 56,7 Kg): Lucas Rocha x Stewart Nicoll
- Peso-palha (até 52,1 Kg): Julia Polastri x Karolina Kowalkiewicz
- Peso-galo (até 61,2 Kg): Luan Lacerda x Saimon Oliveira
A transmissão exclusiva do evento completo é do UFC Fight Pass.
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