A Polícia Civil investiga se um processo de licitação para ampliação do sistema de videomonitoramento e Wi-Fi na Prefeitura de Praia Grande, no litoral de São Paulo, teria motivado a execução do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, que era secretário de Administração da cidade.
Ruy foi morto no dia 15 de setembro, após cumprir expediente como secretário de Administração. Até o momento quatro pessoas foram presas, o possível atirador morto em confronto com a polícia e outros três suspeitos estão foragidos.
Cinco servidores da prefeitura, entre eles o subsecretário Sandro Rogerio Pardini, foram alvos de mandados de busca. A polícia apreendeu celulares e eletrônicos em investigação sobre possíveis irregularidades em contratos públicos.
A licitação investigada pela polícia previa o registro de preços para compra de equipamentos destinados à ampliação do sistema de videomonitoramento e Wi-Fi, com valor estimado de R$ 24,879.433,79.
Segundo apuração do g1, o pregão eletrônico, dividido em sete itens, foi aberto em 1º de setembro e encerrado no dia 15, na mesma data da execução de Ruy. Três empresas foram habilitadas: uma venceu três itens e as outras duas, dois cada. Com as propostas apresentadas, o valor final da contratação ficou abaixo de R$ 20 milhões.
Em nota, a Prefeitura de Praia Grande informou que tem ciência das duas frentes de investigação em andamento pelos órgãos de segurança. “A Prefeitura de Praia Grande informa que mantém contato constante com a Polícia Civil e está colaborando integralmente com as investigações, fornecendo imagens, informações e demais materiais solicitados”.
Presos, foragidos e morto
Foram presos Dahesly Oliveira Pires, Luiz Henrique Santos Batista (Fofão), Rafael Marcell Dias Simões (Jaguar) e Willian Silva Marques foram presos sob suspeita de participação no homicídio.
Umberto Alberto Gomes, identificado como possível atirador, foi morto após entrar em confronto com equipes da Polícia Civil nesta terça-feira (30) no Paraná. Outros três investigados já foram identificados e estão foragidos: Felipe Avelino da Silva, Flávio Henrique Ferreira de Souza, Luiz Antonio Rodrigues de Miranda (saiba quem são adiante).
Funcionários públicos
Um dos cinco alvos foi Sandro Rogerio Pardini, subsecretário de Gestão e Tecnologia. Os agentes forma até o apartamento dele, no bairro Embaré, e apreenderam armas, equipamentos eletrônicos e dinheiro.
Além de Sandro, os outros quatro alvos também atuam na administração municipal de Praia Grande. Eles foram alvos de mandados de busca e apreensão. São eles:
- um agente de fiscalização na Secretaria de Urbanismo
- um trabalhador na Secretaria de Administração
- um engenheiro na Secretaria de Planejamento
- uma diretora de departamento na Secretaria de Planejamento
De acordo com o Portal da Transparência da Prefeitura de Praia Grande, os salários brutos dos funcionários alvos dos mandados variam de R$ 3.127,84 e R$ 21.557,83. Confira:
- Sandro Rogerio Pardini: R$ 21.557,83
- Diretora de departamento: R$ 15.626,37
- Engenheiro: R$ 14.632,79
- Trabalhador: R$ 3.127,84
- Agente de fiscalização: R$ 14.555,57
Fonte/Créditos: g1 Santos
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