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Mãe busca justiça após o filho de 2 anos morrer com traumatismo craniano sob os cuidados do padrasto em Guarujá

Natalya Karyna diz acreditar que o ex-companheiro tenha agredido a criança e cobra respostas da Polícia Civil

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Mãe busca justiça após o filho de 2 anos morrer com traumatismo craniano sob os cuidados do padrasto em Guarujá
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Oito meses após a morte do pequeno Henry Lucca, de apenas 2 anos, em Guarujá, no litoral de São Paulo, a mãe do menino ainda tenta entender o que aconteceu e cobra respostas da investigação. A autônoma Natalya Karyna Prudêncio Barbosa, de 30 anos, afirma que o filho morreu em decorrência de um traumatismo craniano e acredita que o padrasto da criança — que desapareceu no dia seguinte à morte — esteja envolvido no caso.

De acordo com o boletim de ocorrência e o laudo do Instituto Médico Legal (IML) de Santos, aos quais A Tribuna teve acesso, Henry morreu no dia 31 de janeiro, após ficar seis dias internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santo Amaro (HSA), em Guarujá. O documento aponta como causa da morte broncoaspiração decorrente de hemorragia causada por traumatismo cranioencefálico.

Segundo a mãe, o menino passou a noite anterior sob os cuidados do padrasto enquanto ela trabalhava. O homem alegou que a criança teria caído da cama e se engasgado com a mamadeira. “Ele me ligou dizendo que meu filho tinha se engasgado. Quando cheguei ao posto policial, ele já estava sendo socorrido, e de lá seguimos para o hospital. Depois disso, nunca mais o vi”, conta Natalya.

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Desaparecimento e desconfiança

Conforme relatado por Natalya, o homem acompanhou a liberação do corpo no IML e saiu dizendo que falaria com a mãe por telefone, mas não voltou. “Ele estava muito nervoso com o resultado do exame, perguntando se já tinha saído alguma coisa. Fomos tomar um café perto do Canal 6, e ele disse que ia ligar pra mãe dele. Saiu e desapareceu. Nunca mais foi visto”.

Natalya diz ter buscado a polícia diversas vezes para cobrar informações, mas sente que o caso não avança. “A delegada me explicou que mandariam uma precatória, porque não o encontraram nos endereços. Disseram que ele precisa depor, não que já seja acusado, mas ele tem que explicar o que aconteceu”, relata.

Mesmo assim, segundo ela, não houve novos retornos da investigação. “Fui à delegacia, mandei mensagem para os investigadores, e ninguém me respondeu”.

Dor e cobrança por justiça

Natalya afirma que não acredita na versão de acidente e que só vai descansar quando tiver uma resposta. “Eu tenho certeza de que meu filho não morreu engasgado. Onde eu morava era pequeno, dava pra ouvir tudo. E ele dizia que não escutou nada. Quem foge é porque tem culpa”, desabafa.

A mãe conta que segue trabalhando para sustentar os outros dois filhos, mas que a perda do caçula deixou um vazio impossível de preencher. “Meu filho era um anjo. Eu deito e levanto pensando nele. Trabalho porque preciso, mas por mim eu já teria desistido de tudo. Só quero justiça, porque nenhuma mãe merece passar por isso. Se ele não tivesse culpa, teria ficado, teria me olhado nos olhos”.

A Tribuna entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) e aguarda um posicionamento sobre o caso.

Fonte/Créditos: A Tribuna

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